domingo, 26 de dezembro de 2010

Que venha 2011


Meu Pai trabalha e eu também trabalho.

Um ano de muito suor, lágrimas e grandes emoções. Assim poderíamos definir 2010 para o Grupo lema.
Agradecemos a Deus e a espiritualidade que nos permitiu a alegriar de honrar nossos compromissos e seguir divulgando a Doutrina Espírita através da arte.
Obrigado também a todos aqueles que nos auxiliam nesse plano, parentes, amigos e público em geral.
Desejamos a todos um 2011 de muitas realizações, como as esperamos para nós. Abaixo uma restorspectiva de nossa agenda.


ANO DE 2010 – Grupo Leopoldo Machado


• Dia 28/03 – Peça: Chico Xavier, a mão dos imortais- Apresentação no Teatro Nadir Sabóia


• Dia 17/04 – Peças: Memórias de um Suicida


• Dia 17/04 – Peças: Chico Xavier, a mão dos imortais
Apresentação em Teresina


• Dia 21/07 – Peça: Deus
Apresentação em Sobral


• Dia 24/07 – Peça: Tudo que você queria saber sobre mediunidade e nunca teve coragem de perguntar
Apresentação no Hospital Nosso Lar


• Dia 15/08 – Peça: O Mistério dos Remédios Homeopáticos (Mostra de Brasileira deTeatro Transcedental)
Apresentação em Itaitinga
• Dia 19/08 – Peça: O Mistério dos Remédios Homeopáticos (Mostra de Brasileira deTeatro Transcedental)
Apresentação em Pentecoste

• Dia 20/08 – Peça: O Mistério dos Remédios Homeopáticos (Mostra de Brasileira deTeatro Transcedental)
Apresentação em Quixada


• Dia 25/09 - Peça: Tudo que você queria saber sobre mediunidade e nunca teve coragem de perguntar
Apresentação no Centro Espírita Lar dos Humildes


• Dia 17/10 - Peça: O Mistério dos Remédios Homeopáticos (Semana de Arte Espírita)
Apresentação no Teatro do SESC – Emiliano Queiroz


• Dia 23/10 - Peça: A Aranha Costureira (Semana de Arte Espírita)
Apresentação no Lar de Clara


• Dia 24/10 - Peça: Tudo que você queria saber sobre mediunidade e nunca teve coragem de perguntar (Semana de Arte Espírita)
Apresentação em Caucaia

• 30/10 - Peça: O Mistério dos Remédios Homeopáticos
Apresentação no Centro Espírita Francisco de Assis


• 20/11 – Peça: Louca é Tu
Apresentação no Centro Espírita Missionários da Luz


• 27/11 Peça : Louca é Tu
Apresentação no Espaço Cultural Frei Venâncio Willeke – Canindé

sábado, 25 de dezembro de 2010

Assim Seja!

"Seja na Terra, como é nos céus, feita a vossa vontade sem acusador nem réu..."
Como diz ainda a canção, "...ou um assim seja, ou um amém...", o que importa é que estejamos verdadeiramente dispostos a deixar cumprir Sua vontade em nossas vidas.
Jesus mostra-se pleno no cumprimento da vontade de Deus e faz-se apenas o executor de suas leis, deixando-nos o exemplo vivo da obediência à vontade de Dele.
Para que não esquecêssemos tal atitude, deixa-nos como património, além de seus exemplos, uma simples oração, para que melhor pudéssemos falar com o Pai.
Pai Nosso que estais nos céus,
Santificado seja o Vosso nome
Venha a nós o vosso reino
Seja feita a Vossa vontade
Assim na Terra, como nos Céus
O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje
Perdoai as nossa ofensas
Assim como nós perdoamos aos que nos tem ofendido
E não nos deixei cair em tentação
Mas livrai-nos do mal

Desejamos a todos um feliz Natal e um 2011 com muito Cristo no coração! 


sábado, 4 de dezembro de 2010

Vibrações fransciscanas

Poderia ser apenas mais uma apresentação como qualquer outra, mas algo de especial estava-nos reservado.


Fazem apenas duas semanas que reapresentamos Louco é Tu, 1 ano depois da última apresentação, no festival Lema 20 anos. O elenco sofreu algumas baixas e não tivemos muito tempo para ensaiar os substitutos, o que gerou uma carga considerável de estresse no seio do grupo. Mas o Lema tem uma longa história de superação e dessa vez não seria diferente.

A apresentação foi no centro Espírita Missionários da Luz, aqui em Fortaleza. A apresentação se deu de forma satisfatória e o público saiu contente com o que viu, mas intimamente sabíamos que havia faltado o que é o mais importante no trabalho que nos propomos fazer, envolvimento integral, apesar do esforço da maioria dos integrantes.

Não é simplesmente técnica, é acima de tudo doação, entrega, amor transformado em arte. Essa é uma das peculiaridades de quem milita na arte espírita. A técnica não é o mais importante, nem mesmo o talento. Eles são acessórios a serviço de uma causa maior. E o brilho do artista precisa ser diminuído para que a mensagem levada seja a grande estrela no palco.

Precisávamos seguir com a jornada de trabalho e honrar com nossos compromissos, mais uma vez faltando um pedaço, pois um dos integrantes resolveu deixar o grupo nessa última apresentação, esse foi um dos motivos para que não estivéssemos tão plenos naquela situação. É nessas horas que as grandes amizades se manifestam e conseguimos nessas duas apresentações contar com dois integrantes afastados do grupo, Berg e Allan, que literalmente salvaram o espetáculo.

Chegamos a Canindé, cidade à 108 km de Fortaleza e conhecida pela peregrinação franciscana, o maior destino da romaria de São Francisco de que temos notícia em nosso país. Possui inclusive a maior estátua sacra do mundo, a do Poverello de Assis. Nesse verdadeiro santuário católico de nosso Estado, fomos convidados pelo movimento espírita local, para apresentar Louco é Tu, um dos principais espetáculos do grupo, de abordagem complexa, linguagem doutrinária rebuscada e estrutura estética de vanguarda. Um mix de drama e comédia, cenário psicodélico, figurino extravagante e interpretações que vão do clássico ao popularesco. Nada convencional para uma cidade extremamente conservadora.

O Pároco local, que já proferiu palestras no Centro Espírita, cedeu gentilmente o espaço cultural da paróquia para essa apresentação. Os aproximadamente 230 lugares disponíveis no auditório foram vendidos, apesar de algumas cadeiras vagas.


Eu estava exausto, praticamente sem dormir a 36 horas e tínhamos tido muitas dificuldades para montar o cenário, sem falar no calor que estava fazendo, causando uma sensação ainda maior de desgaste físico. Mas estava motivado para o trabalho, como todo o grupo, que trabalhou o dia todo num clima de muita harmonia.


Pouco antes de entrarmos em cena, convidei o grupo para a prece habitual, solicitando a todos o envolvimento com a espiritualidade para o trabalho, porém quando inicie a exortação, saltou pelos meus lábios a célebre expressão do hino a Francisco: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”!


Automaticamente recordei de onde estávamos e da provável presença de irmãos fransciscanos no ambiente. A atmosfera instantaneamente se modificou, senti aquele envolvimento próprio das almas nobres e roguei confiante que nos amparassem para a apresentação.


Logo que entramos em cena, nos primeiros momentos de minha atuação no papel de Freud, percebi a diferença vibratória e fui me permitindo interpretar nessa “parceria” sutil e anônima. Essa é, a meu ver, uma das contribuições que nós artistas espíritas podemos dá ao meio artístico laico, no entendimento de algo que é comum a todas as pessoas, porém que poucos têm conhecimento. E foi assim por quase toda a apresentação, em vários momentos especiais, onde o texto propõe uma reflexão mais profunda ao entendimento dos processos obsessivos nas questões relativas à loucura.


Foi sem dúvida uma apresentação especial para todos nós. O público estava completamente envolvido, os atores estávamos em êxtase, a organização local comemorava o sucesso do evento e resolvi após a apresentação, partilhar com o público essas impressões sobre a presença dos franciscanos no auditório e mais uma vez saltou de minha boca uma expressão totalmente incomum para mim e que não passou pelo filtro das vias cognitivas, “Pai Francisco”. Essas palavras vieram acompanhadas de uma onda vibratória que invadiu minha alma embargando-me a voz. Era o clímax de um encontro sublime, de um intercâmbio velado, de trocas profundas, porém onde a oração tão cantada em reverência ao grande imitador do Cristo, ganhava mais uma vez concretude na ação silenciosa dos seus seguidores que muito mais deram que receberam dessas pobres almas em busca de melhor sentir a presença do Cristo em suas vidas.


Certamente aprendemos um pouco mais sobre simplicidade, pois já tivemos em teatros dentre os mais belos do país, em eventos de grande projeção pública, mas nem sempre estivemos tão envoltos naquelas vibrações que nos levam a dizer com Francisco: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”.