domingo, 23 de março de 2014

Fanpage Grupo Lema

O Grupo cria mais um canal de comunicação com o seu público.
Considerando a eficiência e fluidez com que as coisas são veiculadas hoje nas redes sociais, estava mais que em tempo de criarmos também a nossa página. Esperamos que possam acompanhar, curtir e se comunicarem conosco. Visite e deixe seu recado.

https://www.facebook.com/pages/Grupo-Lema/612690572157670

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Loucos tantos quanto eu


Em meio a um pátio, em um manicômio qualquer deste mundo, um dos loucos que mais se parece com uma figura de médico qualquer, tenta encontrar a definição do que é a loucura. É assim que começa a peça Louco é Tu do Grupo Espírita de Teatro Leopoldo Machado. E é essa tentativa de definição que abordamos um pouco aqui.

Loucura, ou melhor, transtorno mental é uma condição muito próxima da mediunidade. Um grande livro que tenta desvendar os nossos pecados contra a loucura se chama “A história da loucura”, de Michel Foucault. A tese principal, baseada no fato social do louco da vila – aquele doidinho que ainda hoje encontramos nas cidades rurais que passa por inofensivo, conquanto que ninguém o agrida, e que aqui e acolá alguém lhe dá guarida – é de que a Idade Média foi muito mais benévolo com os seus loucos do que a Idade Moderna. Lá, na sociedade feudal, os loucos não eram asilados, viviam em meio aos “normais”.

A Idade Moderna, ao contrário, inventou, segundo o que pensa Foucault, de ver o louco como um doente e de tentar separar aquele que perdara a razão daqueles que ainda a conservavam.

O que nos passa despercebido é que a sociedade feudal era uma sociedade cheia de estamentos sociais, com mentalidade de hierarquia. Havia os aristocratas senhores de grandes terras e os sucessivos vassalos inferiores até chegar aos miseráveis plebeus. Sem contar a Grande Mãe Igreja, que ocupava um lugar todo especial. Em outras palavras, naquele mundo, cada um tinha seu território que o impregnava e dava sua identidade perpétua. O louco da vila era qualitativamente diferente de todos os que não eram loucos. Ainda que perambulasse entre os demais, a possibilidade de contaminação era nula.

O que a modernidade provoca nessa estrutura é uma ruptura profunda não só dessa mentalidade, mas da própria sociedade. Saímos de uma sociedade estática para uma dinâmica em que as pessoas passam a ser consideradas potencialmente iguais e, portanto, passíveis de ascender a ou descender de níveis sociais. Freud entra nesse jogo, rompendo com a segurança daqueles que se consideravam imunes à loucura. Quando ele revela sua teoria sobre o quanto somos mais ou menos loucos, o quanto uma neurose pode ser um passo para a psicose, o louco, por um lado, passa a ser temido, por outro, passa a ser sujeito passível de cura. Os asilos, portanto, não são apenas prisões, mas lugares em que a utopia do retorno à normalidade foi cultivada intensamente por aqueles que os queriam de volta, isto é, os que muito o amavam. 

A tolerância que se tinha aos loucos na Idade Média não era mais que uma tolerância aparente, na medida em que reinava a crença da sua inofensiva, porque radical, diferença. Na Idade Moderna ele é um de nós. Ele é você, sou eu.

Essa pergunta que o personagem da peça inicia fazendo, é a pergunta freudiana por excelência: “onde está o limiar entre a sanidade e o equilíbrio mental?”.  Esta outra que se segue é o desnudamento perfeito de nossa pseudo-benevolência anterior: “Onde esconder o medo brutal de cada um de nós em deixar vir à tona o desequilíbrio que nos cerca?”. E, assim, ele vai trazendo a plateia para uma verdade ainda muito incômoda para todos nós, em que os risos revelam a vontade de distância que temos dessa realidade que este maluco personagem grita: “E eles dizem que estou louco. Louco, eu? Louco é tu!”


Na próxima postagem, sigo o caminho dessa mesma reflexão, mas avaliando o nosso comportamento diante da mediunidade. É assustadora a semelhança!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Para os filhos dos filhos do LEMA


Este ano o LEMA completa 25 anos. Parece que foi ontem. Mas, não foi. Vinte e cinco anos pode ser pouco para um ser humano, mas para um cachorro, por exemplo, é tempo de vida demais. Quiçá para um grupo de teatro que, em virtude de mil percalços contemporâneos, raros são os que conseguem manter viva a chama da tradição, com medo de perder a liberdade da criação, da expressão, da ação. 

Mas, não foi assim com o LEMA. Atores profissionais podem até se inquietar com essa ideia de fazer um arte engajada. Não compartilhamos dessa inquietação. Esse, aliás, é o nosso lema! Vinte cinco anos bem empregados, investidos, suados, conquistados. Entre dramas e comédias, para público adulto ou infantil, dentro do grupo e fora do grupo, separação e retorno, demos até pra gravar CDs com histórias contadas e defender dissertação de mestrado sobre nosso trabalho. 

O fato, tenho dito, é que o LEMA completa este ano suas bodas de prata. Vamos comemorar em grande estilo. Teremos:


  • A reprise de "Louco é Tu", que, também, está aniversariando este ano;
  • A inauguração da peça "O Circo Quase Perfeito";
  • Remontagem de Chico Xavier, a mão dos imortais com o Grupo AME cantando ao vivo;
  • E a turbinada nesse nosso blog.

Foi por isso que coloquei aquele fotinha ali no início. É que, junto com esse ano especial, demos por nós que estamos cercados de bebês de novos e velhos integrantes. E vem vindo mais! Alguns nem poderão se apresentar porque ou estarão grávidos ou estarão com filhos pequenos para cuidar. E nos veio um chamado muito forte da espiritualidade. Precisamos começar a preparar os caminhos para que eles nos substituam. Se nada do que fizemos estiver escrito em algum lugar, sempre estaremos fadados a reencarnar e começar tudo do zero, sem saber o que nossas personalidades anteriores conquistaram, a não ser pelas vias mediúnicas e da intuição, que não é pouca coisa, mas que pode ser muito melhor, se ao lado disso somarmos as memórias registradas dessa vida, nossas reflexões. Pra que reinventar a roda?

Nosso blog, portanto, neste ano de 2014 em diante, estará não só servindo de divulgação para os espetáculos nossos e afins como também sendo palco para reflexões sobre nossa prática. 

Que seja um ano abençoado! 

Contamos com a presença de todos vocês!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Depoimento de nossa amiga e anfitriã na primeira ida do Lema à região Norte do país, Maíra Magalhães. Um final de semana das mais belas vibrações. Obrigado a todos e todas que foram nos prestigiar e à Federação Espírita do Estado do Amapá.
Nos dias 07 e 08 de dezembro, o Amapá teve a grande satisfação em receber o Grupo Espírita de Teatro Leopoldo Machado-Lema, que trouxe a peça "Memórias de um suicida" com a sua mensagem esclarecedora sobre um tema tão delicado. Ao final do espetáculo o que mais se ouvia eram as palavras: - EMOCIONANTE e chorei muito! Apresentação foi tão cativante que o grupo quando partiu parece que levou um pedaço de nós. Em contra partida, nos deixou a esperança do que sua ida foi apenas um até breve. Quando a noite o avião partiu cruzando os céus em uma bela cena, ficou em nós saudoso pensamento de até mais ver queridos irmãos do LEMA.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O auto da terra do pé rachado no XIV EMEOP






Esse final de semana acontece na cidade de Mossoró o 14o Encontro das Mocidades Espíritas do Oeste Potiguar-EMEOP-. O evento tem como tema " Juventude espírita: prossiga para o alvo" e estaremos participando da noite de artes, juntamente com o grupo musical Canto de Paz de Natal.
 
 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Muitas felicidades, muitos anos de vida, luz e caridade Grupo Arte Nascente.

Um sonho realizado! Há muitos anos alimentávamos o desejo de apresentar nosso trabalho na terra natal de nossos irmãos e companheiros de jornada nessa seara da arte espírita, Grupo Arte Nascente de Goiânia. A ocasião não poderia ser a melhor. Esse grupo, que se notabilizou no cenário da arte espírita brasileira e ganhou notoriedade pública em seu Estado, pelo belo trabalho social que realiza de extrema relevância para a valorização da vida, combatendo as drogas e o aborto principalmente, comemora vinte e cinco anos de luta, aprendizado, crescimento e devoção ao ideal do bem. O Grupo LEMA, um ano apenas mais jovem, foi convidado para fazer parte dessa festa e apresentar nosso mais antigo espetáculo- Memórias de um suicida- nesse sábado último (22/06/13) para um público de mais de 800 pessoas que se espremeram no Auditório Bezerra de Menezes na Federação Espírita de Goiás. Queremos aqui tornar público a nossa extrema alegria por poder participar dessa festa onde fomos os grandes agraciados. Ganhamos de presente, além da presença carinhosa do público goiano na plateia, a oportunidade de convivermos com pessoas especiais! Reencontrar companheiros de jornada, irmãos de ideal, que nos receberam com as expressões mais sinceras da verdadeira fraternidade cristã! Que Deus os abençoe nessa jornada e favoreça muito mais anos, décadas, enfim...Vida longa aqueles que tanto de valorizado a vida! Parabéns amigos! Até breve se Deus assim nos permitir.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

MEMÓRIAS DE UM SUICIDA NOS 25 ANOS DO GAN

Um grupo que é referência no cenário da arte espírita de nosso país completa 25 anos de existência. O Grupo Arte Nascente, ou simplesmente GAN, preparou uma ampla programação para comemorar essa data especial e nos honrou com o convite para participar da festa.
Para a ocasião estaremos levando a peça MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, nosso espetáculo mais antigo e de maior repercussão pública ao longo de nossa trajetória.
O GAN hoje é bem mais que um grupo de arte, tornou-se uma instituição reconhecida pela seriedade do trabalho que realiza e por unir ao seu fazer artístico, campanhas de utilidade pública, como a campanha contra as drogas e contra o aborto.
Parabéns aos irmãos de ideal pela data e nosso muito obrigado por nos permitir compartilhar desse momento tão especial para todos nós que fazemos a arte espírita.